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JORNAL O ESTADO MS ENTREVISTA VALDEMAR MENDONÇA SOBRE INOVAÇÕES QUE TRANSFORMARAM A SOCIEDADE
04/05/2019

ENTREVISTA DA SEMANA: Valdemar Mendonça, economista e membro do Corecon 
''Inovações transformarão a sociedade''
15/04/2019 09:20 (MS) 

Marcus Moura
 

Com mais de 12 anos de experiência em inovação, Valdemar Mendonça é economista, CORECON 14ª Reg/MT n.º 1661, graduado pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), doutorando em Ciências Econômicas pela Universidade Nacional de La Matanza | UNLAM. 

Possui experiência em relacionamento com clientes e outros parceiros no Brasil, Europa, EUA e LATAM, desenvolvendo relacionamentos de longo prazo com projetistas, executivos e suas equipes, gerindo projetos da ordem de R$ 500 mi.

'Inovações transformarão a sociedade'

‘Os avanços da indústria de TI e Telecom irão provocar uma mudança radical e de conjunto no desenvolvimento humano’, afirma o economista Valdemar Mendonça

O Estado – Com o início de um novo governo, tanto estadual quanto municipal, qual é a principal barreira para o setor público inovar?

Valdemar - A principal barreira é a cultural, afinal de contas não estamos “na gravidade do Vale do Silício”, somada a um crivo essencialmente político e ao não cumprimento da Lei da Inovação – Lei nº 13.243 (Novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação) –, que visa criar um ambiente mais favorável a pesquisa, desenvolvimento e inovação nas universidades, nos governos e nas empresas. Outra barreira a ser superada são os interesses e objetivos dos agentes públicos, na maioria das vezes “nada republicanos”. Para enfrentar este desafio é preciso superar a ideia de que a capacidade de inovar é aleatória, uma vez que a inovação deixou de ser uma possibilidade para ser uma necessidade da sociedade pós-moderna. O ato de inovar é fruto de um processo que pode resultar em maior impacto sobre os resultados finais do serviço público, ampliar os canais de diálogo, melhorar a experiência do cidadão na utilização dos serviços, aumentar o embasamento para a tomada de decisõse de gestores em problemas complexos e sociais, aumentando a eficiência e reduzindo custos, promovendo maior participação democrática e transparência nas ações do setor público com o mercado e a sociedade.

O Estado – O termo “startup” virou moda no Brasil, e todos os dias em todos os veículos de comunicação a expressão “startup” é pronunciada; qual o seu conceito de startup?

Valdemar - De fato o termo ganhou relevância no contexto em que vivemos, e na minha opinião será ainda mais explorado no governo do presidente Bolsonaro, que adota um viés neoliberal, ou como costumo brincar: “Uma guinada bem ali à direita”. Em síntese, o conceito de uma startup se conectado a um modelo de negócio escalável e repetível, de uma empresa nova, até mesmo embrionária ou ainda em fase de constituição, é o que conta com projetos promissores, ligados a pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras que sejam sustentáveis e permitam lucros em escala, com destaque para a expressão Unicórnio.

O Estado – Quais as principais tendências do setor de TI e Telecom para os próximos anos; como estas mudanças vão impactar em sua opinião como especialista em tecnologia e inovação, em nossas vidas?

Valdemar - Os avanços da indústria de TI e Telecom irão provocar uma mudança radical e de conjunto no desenvolvimento humano, que passará de uma sociedade eletrônica (e-society) para uma sociedade ubíqua (u-society), na qual tudo é conectado e pode ser acessado de qualquer lugar. Graças a inovações tecnológicas, a indústria de Telecom e TI tem colaborado intensivamente com níveis de crescimento constantes nos últimos 20 anos. Se na década passada a sociedade pós-moderna testemunhou a convergência de telecomunicações e internet, nesta próxima, vamos juntos ver a convergência de broadcast, internet e televisão. A residência ou casa conectada é o principal campo de disputa, televisão e internet oferecendo oportunidades sem precedentes em razão da característica da rede de telecomunicações de oferecer banda larga, bidirecional, que pode satisfazer as nossas experiências tanto on-line quanto sob demanda.

O Estado – Em sua opinião em quais áreas do setor produtivo estão alocadas as “Tendências da Inovação na Indústria 4.0”?

Valdemar - Acredito que os principais desafios e oportunidades de inovação para o desenvolvimento da sociedade pós-moderna estão alocados nas áreas estratégicas que envolvem o setor de produção e consumo de alimentos, a chamada “comida do futuro” ou “magic phill”; no setor de transportes com a mobilidade urbana, carros voadores; no setor energético, com as fontes de energia renováveis, que são aquelas que possuem um ciclo de renovação em escala de tempo humana e não se esgotam (solar, eólica e hidrelétrica). Já no setor de telecomunicações o marco será o fim da telefonia analógica, sendo gradativamente substituída pelos instant messengers ou telecomunicadores. 

O Estado – Inovar envolve risco ao mesmo tempo que requer uso intensivo de capital (dinheiro). Onde as empresas, o governo e as pessoas que querem inovar podem buscar investimentos, ou seja, dinheiro para inovação?

Valdemar - De fato inovar não é fácil, envolve riscos e requer o esforço perene, integrado, compartilhado e colaborativo de todos nós (sociedade, empresas instituições de ensino e pesquisa e governo). A capitalização para inovação no Brasil é normalmente obtida por meio de projetos que, após serem submetidos e analisados, “podem ser viabilizados” pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos); BNDES Inovação (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento); Seed Capital (capital semente); Venture Capital (capital de risco); Private Equity (investimento em empresaS estabelecidas); Aceleradora (investimento em startups); Angel Capital (investimento anjo); Ecossistemas De Inovação (universidades, investidores de risco, pesquisadores, parques tecnológicos e incubadoras de empresas).

O Estado – Em sua opinião, qual o real significado da palavra “inovação”?

Valdemar - Monetização da criatividade. Novidade + Resultado. Inovar é transformar ideias novas em resultado. Se for novo, mas não gerar resultado, não é inovação. É invenção. Se gerar resultado, mas não houver novidade, é melhoria ou adequação de produto, serviço e processo.

O Estado – O que faz um indivíduo ser inovador?

Valdemar - Eu olho a inovação como mundo, como pais, como região, como estado, como cidade, no nível da firma e em nível de indivíduo. Então, está em tudo. A inovação sem um ato empreendedor não é inovação, porque a inovação precisa chegar ao mercado. O empreendedorismo é a propulsora de um processo inovador, tem de ter necessariamente um cara empreendedor dentro de uma inovação. Este espírito empreendedor muitas vezes o cara inovador não tem.

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Maiores informações acesse:

http://www.oe10.com.br/noticia/33949/entrevista_da_semana_valdemar_mendonaa_economista_e_membro_do_corecon_.html